
Quem assistiu o filme Marley & Eu deve se lembrar exatamente que as cenas mais dramáticas do filme estão relacionadas com a torção gástrica dos cães.
O nome correto é Síndrome da Dilatação do Vólvulo Gástrico (DVG). Ela pode ocorrer em cães de qualquer idade, mas, sempre causando dores e podendo levar o pet à morte.
Não é comprovado que se trata de uma doença genética. Porém, ela é mais comum em cães de grande porte, em especial nas raças: Rottweiler, Pastor Alemão, São Bernardo, Labrador Retriever, Dinamarquês e Malamute do Alasca.
As causas ainda são desconhecidas
As causas da torção gástrica em pets ainda é desconhecida. Porém, é bem conhecido o fato dela ser desencadeada por causa de uma alimentação exagerada, muito rápida e, muitas vezes com alimentos inadequados.
Alguns cães, por diferentes fatores, comem rápido demais, sem mastigar corretamente e, logo em seguida, consomem quantidade exagerada de água. Todos esses fatores somados, podem causar a torção.
Alimentos que fermentam muito ou rapidamente, oferecer alimentação somente uma vez ao dia e fazer exercícios e caminhadas após a refeição, esses são fatores de risco e devem ser evitados..
Muitos tutores, para evitar, retiram o recipiente de água e oferecem comedouros que obrigam os cães a comer devagar.

Quais são os sinais da doença
A torção gástrica em cães consiste na dilatação do estômago seguida da torção sobre si mesmo, prendendo gás e alimento no seu interior.
Ela compromete a circulação sanguínea dos órgãos e, entre os principais sintomas estão a respiração ofegante, aumento da frequência cardíaca, inchaço abdominal, dificuldade em vomitar, salivação em excesso.
Se o cão não for diagnosticado em tempo hábil, o que significa cirurgia, na maioria dos casos, ela pode matá-lo em até 12 horas.
Diagnóstico e Tratamento da torção gástrica
Quanto antes o tutor procurar o atendimento veterinário, mais chances o pet terá de ficar curado e saudável. Por isso, é importante que o tutor não dê medicamentos por sua própria conta.
Dependendo da situação, o veterinário poderá, antes da cirurgia, fazer os procedimentos para a estabilização do cachorro. Começa com um punção no estômago, para extrair os gases, diminuir o inchaço e, fazendo isso a respiração e a circulação sanguínea são restabelecidas.
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Pode ainda aplicar medicamentos para o controle da arritmia e, assim, partir para o procedimento cirúrgico. Isto para a recolocação do estômago em sua posição correta, fixando o estômago na parede abdominal, evitando que ele seja torcido novamente.
O pós-operatório também exigirá atenção do tutor, pois, podem ocorrer algumas complicações como arritmias cardíacas (secundárias a isquemia do miocárdio), lesões por reperfusão, anemia, hipoproteinemia e ulceração/perfuração gástrica. Por isso, o animal deverá permanecer internado por um período mínimo de 48 a 72 horas.
Prevenir ainda é o melhor
Como sempre e sabido de todos, a prevenção é a melhor maneira de evitar que o cão tenha a torção gástrica. São eles:
- fornecer alimentos fracionados 2 ou 3 vezes ao dia, de acordo com a orientação do veterinário.
- oferecer ao cão alimentação de boa qualidade;
- evitar passeios e exercícios após a alimentação;
- restringir o consumo exagerado de água depois de comer.
Com apenas esses hábitos simples, muita dor e correria podem ser evitadas.