
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA – divulgados no mês de março, apontam que os brasileiros estão entre os mais apaixonados por gatos do mundo, ou gateiros, como são conhecidos popularmente esses tutores. No Brasil, os felinos já estão em 17% dos lares, contra 12% nos outros países entrevistados.
Dados da Abimpet – Associação brasileira da indústria de produtos para animais de estimação, realizou, em 2019, o estudo chamado Mercado Pet Brasil e que aponta que o país tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo e é o terceiro maior país em população total de animais de estimação.
O estudo aponta: “São 54,2 milhões de cães, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes, 39,8 milhões de aves e mais 2,3 milhões de outros animais. O total é de 139,3 milhões de pets, o que demonstra a força potencial do nosso setor na economia brasileira”.
Para ter uma ideia da grandeza do seguimento, em 2006, as industrias faturaram R$ 3,3 bilhões e, em 2018, as cifras alcançaram os R$ 20,3 bilhões.
Outra estatística, essa do Instituto Pet Brasil aponta que, entre 2013 e 2018, o número de cães aumentou 3,8% e, já o de felinos cresceu 8,1%; mais que o dobro dos cachorros.
Os especialistas estimam que o crescimento de gatos em lares brasileiros continuará crescendo, devendo, nos próximos 5 anos, ultrapassar o número de cachorros nas casas.
Gateiros apaixonados defendem a amizade incondicional dos felinos
Existia uma lenda que dizia que os gatos eram animais emocionalmente “frios” e distantes dos humanos. O que os apaixonados gateiros sempre negaram. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE inteligência derrubou definitivamente essa máxima. O estudo apontou que 45% dos entrevistados garantiram que os gatos são tratados (e amados) como filhos.

Outra prova dessa preferência é que, normalmente, os tutores têm mais de um gato em casa. Muitos sonham em ter até um gatil, com felinos de várias raças, cores e tamanhos. Os gastos com alimentação, veterinários, banho e tosa e outros, ainda é menor entre os gateiros, em relação aos “cachorreiros”.
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Além disso, outra razão para o aumento de gatos nos lares é que, principalmente, nos grandes centros, as pessoas moram em apartamentos e ficam fora de casa a maior parte do tempo, assim a escolha por gatos é certa. Os gatos se adaptam facilmente aos ambientes e, também são mais independentes dos tutores.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou pesquisa com “gateiros”, onde foram computados dados sobre manejo nutricional, comportamento e saúde dos gatos. O resultado foi publicado no Manual de Boas Práticas na Criação de Animais de Estimação. Este livro integra a coleção pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação.
O comportamento do gato
Os gatos, realmente, são mais independentes dos tutores, mas, a personalidade é desenvolvida, desde pequeno, mas, de acordo com a forma que eles são educados.
E, especialistas da University of South Australia, afirmam que os gatos podem possuir até cinco personalidades diferente, são elas: nervosismo, extroversão, dominância, espontaneidade e afabilidade.
Foram entrevistados 2.800 tutores apaixonados por gatos, os “gateiros” da Austrália e Nova Zelândia. Constatou-se que a personalidade do gato não sofre alterações se ele fica livre ou apenas dentro de casa. Ou seja, ele não desenvolverá características de afabilidade ou nervosismo por ficar em casa o dia todo.
Esse estudo é um grande avanço para especialistas e também tutores, que podem entender melhor os gatos e, com isso, garantir uma convivência pacífica e melhor qualidade de vida para todos.
A propósito, o Dia Mundial do Gato é em 17 de fevereiro, unindo gateiros apaixonados de todo o mundo!