
Ocupando o 10º lugar na lista DogHero das raças mais adoradas, o Pug já foi astro de novela e filmes, como o Frank em Homens de Preto. A sua característica principal é o companheirismo, por isso, o lema oficial da raça: o Pug é o grande cachorro em um corpo pequeno.
Por isso e por tantas outras características, Pug é o preferido pelas famílias com crianças, pois, ao contrário do que parece, eles adoram brincar e ficar entre os familiares o tempo todo.
Leia também: 10 benefícios incríveis de ter um cão
Conheça como a História transformou o Pug em grande e famoso cachorro
Favorito dos governantes chineses, eles eram criados para serem cães de companhia e, ainda mais do que isso, para ficarem no colo mesmo. Até Confúcio fez referência à raça, escrevendo sobre um “cão de boca curta” em 551. À medida que sua popularidade aumentava, o Pug se tornava o companheiro dos monges budistas no Tibete. E pouco tempo depois das famílias no Japão e na Europa.
Ele chegou na Europa durante o século 16, trazido pela Companhia Holandesa das Índias Orientais e, a partir daí, sua popularidade se espalhou para a Inglaterra, França, Espanha e Itália.

Um fato inusitado o transformou em cão oficial da familia real holandesa, um Pug chamado “Pompeu” evitou o assassinato de Willian de Orange pelas tropas da Espanha, pois não parou de latir até salvarem o príncipe. Por isso, na escultura de William, o Silencioso, Pompeu é destaque ao seu lado.
No Brasil, apesar de relatos desde o início do século 20, o Pug ficou famoso mesmo nos anos 1990, com a cadela Inès (sim, com sotaque francês!), a terceira “filha” da emergente Meg. Interpretada por Françoise Forton, na novela “Por Amor”(1998), da Globo. O capítulo em que Inés se casa com Fadul Abdala (o Pug do escritor Jorge Amado), obteve altos picos de audiência, para a época.
Na novela e na vida real, Inès tinha cama, cadeirinha para fazer as refeições e era tratada como criança por sua dona, antecipando o comportamento que vemos atualmente.
O pequeno corpo esconde um grande pet
Eles são cães muito brincalhões e adoram estar na companhia da família toda, e, não vale dizer que eles apenas toleram crianças, ao contrário, eles adoram estar ao seu redor dos pequenos.
Os Pugs também se dão muito bem com outros animais de estimação. Às vezes, é bom ter outro companheiro da mesma espécie na casa para manter o equilíbrio e impor limites.
Uma das poucas desvantagens citadas pelo tutores de Pug é a queda excessiva de pelos. Tanto que ficou famosa a frase do Manual do Pug (Barron’s Complete Pet Owner’s Manuals) que brinca com a situação: “Se houver uma guerra nuclear, por exemplo, as baratas que herdarão a terra estarão usando minúsculos suéteres feitos de pelos do Pug”.
O Pug e as famosas doenças respiratórias
Por sua anatomia, o Pug faz parte das raças braquicéfalas, ou seja apresentam cabeça arredondada, olhos esbugalhados e focinho curto.
Por apresentar narinas mais estreitas do que o normal, focinho curto, paladar mole e alongado e uma traqueia mais estreita, e por isso, é normal que tenham dificuldade de respiração – a dispneia, o que pode ocasionar que ronquem em demasia.
O tutor de Pug precisa ficar sempre atento para os primeiros sinais de dificuldade em fazer exercícios e engolir, com as tosses e respiração ofegante excessiva, pois esses são os sinais para uma visita ao veterinário.

Além disso, a raça pode apresentar problemas como ceratite seca (olhos secos), infecções de ouvido, diabetes mellitus, alergias de pele, esse último, em razão das dobrinhas e rugas, que ao mesmo tempo que dão um charme especial ao pet, exigem limpeza regular para evitar infecções e dermatites.
É bom também ficar atento à alimentação, que deve ser balanceada e oferecida na quantidade exata para a idade, tamanho e peso do cão, no entanto, é sempre bom lembrar que as consultas ao veterinário e manter a carteira de vacinação atualizadas, são requisitos básicos para todas as raças.
Mas, o próprio Manual Barrons destaca a devoção da raça, onde o tutor é o centro do universo do Pug e completa “Um Pug oferece a conveniência de uma raça bagunceira, o coração de um gigante, a bravura de um terrier, a inteligência de um cão pastor e o rosto de um palhaço”
Os tutores são unânimes em afirmar que “uma casa não é uma casa sem um Pug!”