
Quem cuida de um ou mais sabe que, quando filhotes, os cachorros mordem tudo que encontram pela frente: móveis, sapatos, utensílios domésticos e, até parede!
Com o passar dos dias e meses, conforme vão crescendo e aprendendo, esse comportamento vai diminuindo, até desaparecer por completo. Não é assim?
Nem sempre o sim é a resposta correta. Pois, muitos cachorros crescem e continuam mordendo tudo que está ao alcance dos dentes e patas.
A casa destruída
Para os tutores, esse comportamento destruidor, digno do Taz, o demônio da Tasmânia dos desenhos animados, é, quase sempre desesperador.
Chegar em casa e encontrar cortinas rasgadas, pés de cadeiras comidos, roupas do varal espalhadas pelos cômodos. Podem ser evitadas surpresas como essas, porém, é preciso identificar as causas desse comportamento destrutivo.
Cachorros mordem tudo – as principais causas
Muitos comportamentos podem ser corrigidos pelo próprio tutor, tais como, não deixar o pet subir na mesa ou latir para ganhar algum alimento, durante a refeição da família; morder a mão do tutor para pegar brinquedos ou bolas.
Caso o tutor não consiga, pode procurar ajuda de um especialista em comportamento animal , para analisar a situação.
Algumas causas são físicas, como por exemplo, a mudança dos dentes. Os filhotes trocam os “dentes de leite” pelos definitivos, geralmente entre 4 e 5 meses de vida e, isso causa dores nas gengivas, para aliviá-las, os pequenos cães mordem tudo que encontram.
Outra razão bem comum em cachorros que mordem tudo, é o acúmulo de energia. Os cachorros precisam de exercícios diários para alcançar o equilíbrio no organismo.
Algumas raças como Whippet e o Greyhound , que são os cachorros mais velozes do mundo, precisam correr para manter a forma e o temperamento calmo. Já o Cane Corso, um gigante de mais de 50 kg precisa de atividade para evitar a obesidade e reduzir a irritabilidade, que pode ser perigosa para os humanos, neste caso.
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Muitas raças são excelentes esportistas, aceitando de imediato o convite dos tutores para uma corrida, caminhada ou trilha, entre eles, temos, por exemplo, o Pastor belga, Airedale Terrier, Pastor australiano, Weimaraner e o pequeno Jack Russel, que aceita qualquer desafio para estar e brincar com seus tutores.
A falta de atividade ou solidão podem deixar o cachorro “chateado” e, com isso, começar a ter sintomas físicos, como estresse, ansiedade e algumas formas de alergias.
O acompanhamento veterinário também é importante, pois, uma das causas pode ser alguma deficiência ou dificuldade do organismo absorver os nutrientes durante as refeições.
Essa má absorção e o fato de estar mordendo e comendo tudo que vê, pode causar diarréias, problemas intestinais. Para o perfeito diagnóstico é necessário realizar exames e, em alguns casos, até biópsias do intestino, para definir o que pode desencadear a enfermidade.
O que tutor deve evitar

Para corrigir um comportamento de seu pet é necessário alertar e ensinar o cão no exato momento em que está fazendo algo errado. Os cachorros que mordem tudo precisam compreender o que estão fazendo de errado.
Não vai adiantar nada chegar em casa, deparar-se com um móvel ou almofada destruídos e sair gritando com o cachorro. Ele não vai compreender o comportamento do tutor e nem fazer a relação correta com o que fez.
Castigos e maus tratos de nada servem para educar os pets. Assim como nos humanos, isso só aumentará o estresse da situação, uma vez que, não terá resultado concretos.
Oferecer sempre atividades para que o cachorro gaste energia e, com isso, reduzir o estresse. O tutor também deve interagir com o pet, estreitando as relações de afeto e amizade e, ao perceber que não está tendo um retorno satisfatório, o tutor deve procurar ajuda dos especialistas.
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Com a Olívia aumentamos as atividades e os brinquedos e ela diminui bastante a vontade de destruir tudo.
Esse é o melhor caminho: criar brincadeiras para gastar energia e se entreter com brinquedos e atividades!