
Os grandes pensadores da Psicologia e da Pedagogia, como Jean Piaget e Lev Vygotsky, destacam a importância da diversão para o aprendizado e desenvolvimento das crianças. Da mesma forma, os pets aprendem brincando.
Obviamente não estamos falando na imagem acima. Esta, com cachorros jogando pôquer, foi criada pelo pintor estadunidense Cassius Marcellus Coolidge (Nova York – 1844-1934), aqui trataremos das brincadeiras e atividades para os pets.
Muitos pets passam seus dias sem qualquer atividade. Esse acúmulo de energia, dependendo da raça e da idade, leva cães, gatos e outros animais a ficarem entediados. Não demora e eles começam a destruir o que vêem pela frente – sapatos, móveis, baldes e até paredes.
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Como os pets brincam
Podemos entender o brincar dos pets como as atividades motoras que estes realizam, muitas vezes, seguindo instintos ancestrais, reproduzindo comportamentos que teriam em situações de caça ou acasalamento.
Um exemplo bem popular desse comportamento é a corrida atrás da bolinha ou de algum brinquedo com apitos. O cão persegue o brinquedo como se fosse uma caça a ser alcançada.
Raposas, cachorros do mato, leões, gatos selvagens, tigres e tantos a outros mamíferos, brincam quando pequenos para reproduzir movimentos que poderão ser úteis na vida adulta, criando as capacidades motores e a memória muscular necessárias para a sobrevivência na selva ou na savana.
Em suas ninhadas, ao brincar com a mãe e os irmãos, o animal, inclusive os cães e gatos, aprendem a dominar a força das mordidas e entender a estrutura social de sua matilha.
Brincar para aprender

Vários estudos apontam que os pets aprendem brincando e que os jogos e brincadeiras melhorar a percepção e entendimento dos sinais de comunicação com seus tutores e outros pets.
Correr, pular obstáculos ou para pegar objetos, auxiliam no desenvolvimento da coordenação motora, no preparo físico e desenvolver as estruturas cerebrais
Ao brincar, o pet, independente da idade amplia seus limites e capacidades, mantém músculos e articulações mais flexíveis. Uma situação que poucos tutores se dão conta é que, durante as brincadeiras, os animais enfrentam situações de desvantagem e isso, proporciona aos pets criar estratégias para superar a dificuldade.
Além de colocar o pet em atividade, reduzindo o tédio e aprimorando seu condicionamento físico, o tutor pode usar os momentos de brincadeira para educar o pet.
Brincando, ele pode aprender a controlar a frustração, a manter o foco em um objetivo e atender a comandos específicos e, até as pausas, podem ajudar o pet a controlar sua ansiedade e excitação.
As brincadeiras indicadas
A exemplo de uma pessoa, as brincadeiras com os pets devem respeitar algumas limitações, para evitar riscos à saúde.
Então, é importante observar a idade, tamanho, raça e peso do pet antes de brincar.
No cado do cachorro ou gato estarem obesos, os exercícios e brincadeiras precisam de orientação veterinária. Corridas e saltos podem machucar seriamente as articulações.
É preciso escolher brinquedos que estimulem os pets, que os incentive a colocar os sentidos – olfato, visão, audição, paladar e tato – em funcionamento. Mordedores rígidos são bastante indicados, eles levam o pet a morder, arranhar e tirar a atenção de plantas, vasos, móveis, sapatos e outros objetos domésticos.
Os brinquedos funcionais caíram no gosto de pets e tutores. Além de entreter cães e gatos, ainda os recompensa com petiscos, incentivando o mascote a encontrar a melhor solução para ser premiado.

As garrafas PET de refrigerante podem virar brinquedos enriquecedores de ambiente, desenvolvendo a cognição e exigindo uma certa dose de energia para alcançar o prêmio. O tutor deve ficar atento, sempre supervisionado, para evitar que ela se quebre com as mordidas e que o cão engula pedaços do plástico.
Como já falamos, os pets aprendem brincando, desta forma, o momento de brincar é a oportunidade do tutor colocar as suas regras. Veja este exemplo: se o cão morder ou pegar algo não permitido, o tutor deve ignorá-lo e ir na direção oposta. Isso mostrará desaprovação ao pet e, sem receber nenhuma reação, a tendência é que ele abandone o objeto e não repita mais esse comportamento.
Brincar é um bom sinalizador da saúde de seu pet. Ao perceber que está indisposto, mancando ou com alguma outra dificuldade, o tutor não deve demorar em procurar o atendimento veterinário.